Hoje de manhã, depois de muitos
anos ouvindo as músicas do Renato Russo, “Pais e filhos” faz sentido.
E como faz.
Passava na TV uma homenagem ao Chorão que havia falecido de causas ainda não
confirmadas.
Em umas das entrevistas o convidado
Dado Villa-Lobos, ex integrante do Legião Urbana e amigo do falecido vocalista Renato
Russo,cantou uma música para relembrar e matar a saudade do amigo que se foi
há 17 anos.
Aquele som leve e contagiante trouxe-me
lembranças de quando era jovem, adolescente.
“Você
culpa seus pais por tudo, isso é absurdo! São crianças como você, o que você
vai ser quando você crescer?”
Eu culpava meus pais, eu cometi
esse absurdo.
E o que me tornei quando cresci?
Criança como eles. Tornei-me “meus
pais”.
Foi nesse momento de reflexão que
uma lágrima tocou meu rosto.
Desceu de canto.
Lágrima de reflexão.
O tempo passou e eu descobri a
magia da música que Renato Russo cantava.
Eu quis um nome mais bonito.
Aprendi a amar como se não houvesse o amanhã. E descobri que na verdade não há.