Quando criança eu via um mundo diferente.
Desde 10 anos
imaginava que ia crescer, ser rica, famosa, ter filhos, casar, ter uma linda
casa, dar conforto aos meus pais, ser jornalista, tomar o lugar da Fátima
Bernardes e conhecer muitos lugares.
Imaginava um avião só
para mim. Uns fotógrafos me seguindo na rua, dando autógrafos pelo
shopping...
Meu Deus, eu sonhava
acordada na janela do carro a caminho da escola!
Hoje na porta para
completar 26 anos, meu fantástico mundo da Rapha ainda é o mesmo! Com algumas
mudanças, mais é!
Sou mãe de duas
lindas meninas, faço jornalismo e... É... acho que só!
Sonho acordada...
Mas será que é certo
ver o mundo com olhos de criança?
Como diz Charlie
Brown "que só quer brincar... livre para poder sorrir, livre para
poder buscar o meu lugar ao sol”.
A resposta não sei!
Sei que confio nos
humanos, acredito nas pessoas, brinco de Barbie, conto as estrelas, abro um
sorriso quando vejo uma borboleta, engulo chicletes, vejo desenhos, corro na
rua, conto piadas sem nenhuma noção, choro ao ver um ídolo na TV, faço teste em
revistas, tento terminar o caça-palavras, jogo dama, coloco a culpa na minha
irmã e escrevo no diário...
Não quero crescer!
Eu amo ser assim!
Na verdade quem quer?
Quando chegamos à
metade dos cinqüenta é que a ficha cai.
Ao olhar para a
infância vemos que o tempo passou, mas a sede de ser feliz ainda existe no
peito.
Mesmo que adormecida
pelo estresses do trabalho, da faculdade, dos relacionamentos frustrados e do
dia a dia na selva de pedras que vivemos.
A receita para
continuar vendo o mundo com os mesmos olhos de alguns anos, é enxergar o mundo
com olhos de criança...
Se dê esse direito!
Acorde cedo e durma
tarde, engula chiclete, chupe bala antes de dormi sem ninguém ver e não escove
os dentes! Apronte uma molecagem e depois twita!
E me diz se ao menos
por um dia você não enxergou o mundo rosa!
Ou quem sabe azul!
Só sei que o meu mundo rosa.
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